Em um mesmo
texto, ouvem-se outras “vozes” (que não a do emissor), sejam elas
explícitas, sejam elas implícitas. Trata-se de um fenômeno interessante
porque permite que o emissor mostre perspectivas diversas da sua fala, para
se identificar com elas ou refutá-las. A polifonia vem sendo utilizada
na linguística para analisar os enunciados nos quais várias “vozes” são
percebidas simultaneamente.
Veja, por exemplo, no slogan da propaganda abaixo, que diz: “Aventura está no nosso sangue”.
*Repare que a aventura pode tanto estar no sangue de quem lê como no da Ford, fornecedora do produto.
*É quando as vozes começam a se misturar, ex: quando o narrador se traveste de personagem e você não sabe quem está falando se é o narrador ou o personagem = Discurso indireto livre
*Na dissertação colocar aspas para mostrar que é outra pessoa que está falando, "argumento de autoridade = citação".
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Marcadores de Pressuposição (pressuposição para achar algo, deduzir)
Veja, por exemplo, no slogan da propaganda abaixo, que diz: “Aventura está no nosso sangue”.
*Repare que a aventura pode tanto estar no sangue de quem lê como no da Ford, fornecedora do produto.
*É quando as vozes começam a se misturar, ex: quando o narrador se traveste de personagem e você não sabe quem está falando se é o narrador ou o personagem = Discurso indireto livre
*Na dissertação colocar aspas para mostrar que é outra pessoa que está falando, "argumento de autoridade = citação".
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Marcadores de Pressuposição (pressuposição para achar algo, deduzir)
Elementos
linguísticos que nos fazem entender informações secundárias,
não-explícitas, implícito, escondido, informações subentendida, nos enunciados. Veja, por exemplo:
Ex¹:Jorge parou de fumar.
A presença da locução “parar de” nos permite pressupor que, antes, Jorge fumava.
Ex²:Lamentamos não aceitar cartão de crédito nos pagamentos.
A utilização do
verbo “lamentar” para inserir de forma pressuposta a ideia de que o
estabelecimento não aceita pagamento em cartão de crédito. No entanto,
constituído dessa forma, o enunciado sugere que o receptor já tinha
domínio dessa informação (o estabelecimento não aceita cartões), o que
atenua o tom desagradável dela.
Ex³:O time jogou bem, mas perdeu (o MAS quebra a expectativa - em geral quando o time joga bem ele vence).
Ex:Céu nublado (você acaba achando que vai chover)
Ex: ele deixou de ser pé-de-cana e vagabundo é porque um dia ele já foi.
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Modalizadores
Modalizadores são palavras ou expressões que projetam
um ponto de vista do enunciador acerca do que está sendo enunciado,
revelando diferentes intenções comunicativas.
Ex Dever
Ex Dever
• Todos os cidadãos devem votar no dia da eleição.
O verbo “dever” aqui indica algo obrigatório.
O verbo “dever” aqui indica algo obrigatório.
• O trânsito deve piorar depois das férias.
O verbo “dever” aqui indica algo provável.
• A economia deve melhorar só daqui a dois anos.
O verbo “dever” aqui indica algo possível.
Alguns dos elementos linguísticos capazes de traduzir
esse fenômeno são:
-
expressões cristalizadas (é provável, é possível, é obrigatório, etc.)
-
advérbios e locuções adverbiais (talvez, provavelmente, certamente, obrigatoriamente, etc.)
Ambiguidade
Um determinado segmento linguístico pode produzir mais de uma leitura.A ambiguidade é um fenômeno muito frequente, mas, na maioria dos casos, o
contexto (tanto o linguístico quanto o situacional) indica qual a
leitura mais apropriada. Em tese, ela deve ser evitada em determinados
tipos de textos, a fim de evitar ruídos ou prejuízos no entendimento. A
ambiguidade pode ser causada por diversos fatores, como, por exemplo, a
má colocação do pronome possessivo.
Ex:A mãe de Pedro entrou com seu carro na garagem.
De quem era o carro?
A mãe de Pedro entrou na garagem com o carro dela
De quem era o carro?
A mãe de Pedro entrou na garagem com o carro dela
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IntertextualidadeA intertextualidade acontece quando um texto retoma uma parte ou a totalidade de outro texto, em que um deles faz referência a elementos existentes no outro.
Geralmente, os textos fontes são aqueles considerados fundamentais em uma determinada cultura e, por isso, o conhecimento de mundo do leitor é fundamental para o pleno entendimento dos textos que contam com o recurso da intertextualidade.
- Citação: é uma transcrição do outro texto marcada por aspas ou itálico para mostrar que o trecho ou o texto citado foi tirado de outra fonte.
- Epígrafe: é uma citação que inicia um texto.
- Paráfrase: é a reprodução das ideias de um texto. Na paráfrase, sempre se mantêm os conteúdos do texto original, mas elas são acrescidas de comentários e impressões. Pode-se dizer que parafrasear é dizer com outras palavras o que um texto transmitiu.
- Paródia: Observa-se a manutenção de estruturas e expressões do texto original, acompanhada por alteração de sentido, com intuito crítico, irônico.
- Hipertexto: é a leitura não linear, intimamente relacionada ao mundo tecnológico. Em uma página na internet, por exemplo, podemos ser remetidos a uma outra, através de um link, já que a tecnologia nos permite uma outra forma de ler.
1) Relações entre Palavra:
a) Sinonímia:
Dois vocábulos (palavras) que possuem significados muito próximos. Como se trata de uma
relação semântica entre as palavras, para determinar se dois vocábulos
são sinônimos ou não, o contexto é fundamental.
Veja, por exemplo, o enunciado “Joana implorou por paz no mundo”. Nele, poderíamos substituir “implorou” por “rogou”, embora percamos um pouco da expressividade que aquela primeira palavra emprestava ao texto. Por isso, “implorar” e “rogar” são, nesse contexto, sinônimos.
Veja, por exemplo, o enunciado “Joana implorou por paz no mundo”. Nele, poderíamos substituir “implorou” por “rogou”, embora percamos um pouco da expressividade que aquela primeira palavra emprestava ao texto. Por isso, “implorar” e “rogar” são, nesse contexto, sinônimos.
b) Antonímia: Dois vocábulos possuem significações opostas.
c) Hiperonímia e Hiponímia: Um termo é hiperônimo quando sua significação engloba o sentido de outros termos, que são, por isso, chamados de hipônimos. Por exemplo, “peixe” é hiperônimo de “salmão”, “bacalhau”, “linguado”, etc.
d) Paronímia: Dois vocábulos são parecidos na grafia e na sonoridade, mas diferentes no significado, sentido, como “infligir” e “infringir”. A utilização recorrente de parônimos em um texto pode gerar um recurso expressivo bastante interessante chamado paronomásia.
e) Homonímia: Há identidade no campo sonoro e/ ou gráfico de dois vocábulos de origens distintas. Por isso, os homônimos podem ser:
• Homógrafos – a identidade ocorre no nível gráfico – (sede – lugar x sede – vontade de beber)
• Homófonos – a identidade ocorre no nível sonoro – (sessão x seção x cessão)
• Perfeitos – a identidade ocorre no nível gráfico e no nível sonoro (manga)
• Homófonos – a identidade ocorre no nível sonoro – (sessão x seção x cessão)
• Perfeitos – a identidade ocorre no nível gráfico e no nível sonoro (manga)
f) Heteronímia:
São palavras que designam seres da mesma classe, mas que possuem
gêneros (masculino e feminino) diferentes.
Por
exemplo: homem e mulher; bode e cabra, genro e nora.
f) Polissemia: Um mesmo vocábulo pode apresentar mais de um sentido. Difere da homonímia por ser a mesma palavra, e não, palavras com origens diferentes que convergiram foneticamente; a principal causa da polissemia é o uso figurado, por metáfora ou metonímia, por extensão de sentido, analogia, etc. É o caso, por exemplo, da palavra “prato”, que pode significar “vasilha”, “comida”, “iguaria”, “instrumento musical”, etc







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